terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Nó na Goela na programação do Natal Encantado

Olá, meus queridos! Após um pequeno vácuo, aqui estou novamente para fazer outro convitinho a vocês!!

Como projeto de regente auxiliar do Coral Nó na Goela, tenho o prazer de convidá-los a prestigiar nosso Auto de Natal. Pra variar, estou avisando em cima da hora... nossas próximas apresentações serão nos dias 09 (sexta-feira) às 20h, 15 (quinta-feira) às 21h e 22 (quinta-feira) às 20h. Vale a pena assistir! As apresentações estão integradas com música dança e teatro. Confira a programação do Natal Encantado aqui.

E aqui embaixo, um vídeo do coral cantando um belo arranjo de "Por un viejo muerto", de Dámian Sánchez. Eu sou a mezzo-soprano do meio, a mais baixinha atrás da estante do regente...


Qué pena que tiene el viento entre las ramas del sauce...

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sensibilizando uma Cidade, um convite!

Olá, minha gente! Hoje quero fazer um convite super em cima da hora, aos meus novíssimos queridos visitantes!

Desde 2009, participo de um projeto vinculado ao Conservatório Musical da minha cidade, que atende 400 estudantes da rede municipal de ensino. O projeto oferece aulas de violão, canto coral e flauta-doce, além de formar uma orquestra popular entre os alunos.

E amanhã, dia 01/12, faremos a apresentação de encerramento do projeto... Neste ano trabalhamos com as crianças músicas mineiras, e o resultado foi bastante positivo! Conto com a presença de vocês na Urca, a partir das 17h! Prestigiem...



domingo, 27 de novembro de 2011

LD - 201: Nova Educação Musical Brasileira

De acordo com a Lei 11.769/08, torna-se obrigatório o ensino da música nas escolas brasileiras a partir do ano de 2012. A polêmica entrada desta arte no currículo escolar leva à reflexão sobre o papel do educador musical dentro da realidade do nosso país.
A necessidade do ensino da música já é evidente há anos. Percebe-se isto pelo nível caótico das canções populares que atualmente tocam nas emissoras brasileiras de rádio e TV. Em grande parte dessas músicas não há sequer preocupação com a melodia a ser executada pelo cantor. Muitas são mal arranjadas, e as letras são deploráveis e apelativas. O grande sucesso destas canções pouco elaboradas entre a população denota a urgência do acesso ao estudo musical a todos os brasileiros.
Segundo Sonia Regina Albano de Lima, diretora regional da Associação Brasileira de Ensino Musical (ABEM), “o ensino da música contribui para a formação integral do indivíduo”. Sabe-se que o estudo da música auxilia no desenvolvimento motor, promove a criatividade, a expressividade e a sociabilização do ser humano, além de favorecer habilidades como a lógico-matemática. Para a vice-diretora da Escola de Música da UFMG, Maria do Carmo Campara, “alguém que, na infância, teve contato com a atividade musical, tem um raciocínio diferente e maior capacidade de concentração”. Mas é preciso questionar sobre qual será o real papel do ensino da música nas escolas. Nossa legislação permite que as escolas tenham autonomia sobre o conteúdo a ser trabalhado, mas não se pode deixar que os professores responsáveis pela disciplina utilizem desta arte apenas como um meio para facilitar o aprendizado de outras áreas. Maria do Carmo Marcondes Pereira e Sérgio Tibiriçá Amaral relatam: “Constantemente, buscamos justificar o porquê de se estudar música. É como se a todo tempo precisássemos demonstrar ou provar o valor musical perante a estrutura da vida em sociedade.” e afirmam: “Estuda-se música simplesmente pela música, e nada além.”. Portanto, a música é uma arte complexa e própria do ser humano, uma vasta e completa manifestação cultural, e deve ser ensinada como tal.
Outro ponto a ser analisado é que foi vetado o artigo da Lei 11.769/08 que exigia formação específica para os profissionais responsáveis pelo ensino da música nas escolas. É grande a preocupação quanto a este aspecto, considerando-se que em outras disciplinas é inaceitável que o professor não possua habilitação. Nessas circunstâncias, deve haver um acompanhamento desses profissionais por meio de cursos e atualizações, pois sabe-se que todo educador musical deve ao menos ter noções de ritmo e afinação. “Para que as aulas de Música não virem "hora do recreio", é preciso que os pais fiquem atentos em quem irá ministrar essas aulas e se esse ensino será contínuo e com uma metodologia capaz de desenvolver a capacidade musical dos estudantes de forma gradual, sem truncamentos e interrupções”, afirmam Maria do Carmo Marcondes Pereira e Sérgio Tibiriçá Amaral. Tais peculiaridades do ensino musical devem receber atenção, ou corre-se o risco de se ter no Brasil uma educação superficial, ou tão medíocre que cause o desinteresse dos alunos pela disciplina. Um profissional não habilitado nesta área não está em condições de avaliar o desenvolvimento do aluno, tampouco está ciente dos prejuízos que pode causar ao indivíduo pela sua falta de preparo. Cabe ao governo tanto a responsabilidade de acompanhar esses profissionais, oferecendo a estes oportunidades de capacitação e especialização na área musical, quanto a de fiscalizar a qualidade do ensino que será oferecido aos brasileiros. Atualmente, o Brasil possui condições de ampliar o acesso a cursos superiores de educação musical, como vem fazendo através da Universidade Aberta do Brasil – UAB.
O bom ensino da música deve abranger noções de percepção rítmica e melódica, canto coral, reconhecimento de timbres e amplo repertório, que inclua referências eruditas e populares. Estas devem ser as maiores preocupações dos professores. O Ministério da Educação e Cultura - MEC recomenda que os alunos também aprendam as canções folclóricas e os sons dos instrumentos regionais. Isso permite que eles conheçam e participem da diversidade cultural do Brasil. Os cantos cívicos nacionais também devem ser ensinados nas aulas de música.
Portanto, instituir o ensino da música nas escolas brasileiras será um longo e árduo trabalho. Acredita-se que esta é uma medida bastante positiva. Claudio Urgel Cardoso, diretor da Escola de Música da UFMG, relatou que “em muitos países desenvolvidos, a música acompanha a alfabetização das crianças”. Se o Brasil se espelhar neste exemplo, garantirá melhores índices na educação como um todo.



Referências Bibliográficas:

PEREIRA, Maria do Carmo Marcondes; AMARAL, Sérgio Tibiriçá. Música pela música: a Lei 11.769/08 e a educação musical no Brasil.

COSTA, Cynthia; BERNARDINO, Juliana; QUEEN, Mariana. 11 respostas sobre a obrigatoriedade da música na escola. Disponível em <http://educarparacrescer.abril.com.br/politica-publica/musica-escolas-432857.shtmlAcesso em 09 nov, 2011.

RODRIGUES, Leonardo. Aula de música se torna obrigatória no ensino básico. Disponível em <http://www.ufmg.br/pfufmg/index.php/pagina-inicial/outras-noticias/35-aula-de-musica-se-torna-obrigatoria-no-ensino-basico> Acesso em 07 nov, 2011.

MIRANDA, Alexandre Reis de. Música confirma vocação extensionista. Disponível em <http://www.ufmg.br/boletim/bol1273/pag4.html> Acesso em 26 nov, 2011.

Blog novo, de novo!

Olá, minha gente! Cá estou, novamente criando um blog, desta vez em prol de algo maior - e mais duradouro, espero - que meu blog antigo.

UFScar Tissue, criado na madrugada, será um blog de postagens relacionadas à Educação Musical, que estou cursando na Universidade Federal de São Carlos. O nome, trocadilho inspirado na canção Scar Tissue, da minha banda favorita, traduz em boa parte o sentido da letra. Aqui estarão os progressos, as frustrações e as ansiedades que terei durante o curso, somados à real necessidade de escrever, que me persegue desde criança. Além disso, postagens relacionadas à música e educação.

Meu nome é Fernanda Dearo... até a próxima postagem!


"With the birds I'll share this lonely view..."