sexta-feira, 4 de maio de 2012

CIEM AT.2.2 Pesquisa - Esculturas Sonoras


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CURSO DE EDUCAÇÃO MUSICAL
Disciplina: Construção de Instrumentos para Educação Musical
Aluna: Fernanda Jonas Dearo
Professor: Eduardo Nespoli
Tutor: Matheus Ferreira

Esculturas sonoras

Segundo Sardo (2012), “Esculturas Sonoras são obras plásticas-musicais construídas artesanalmente que proporcionam ao público a apreciação visual, aliada a interação artística e lúdica, por meio de fontes sonoras timbrísticas e melódicas.” Campesato e Iazzetta (2006) afirmam que esta modalidade artística emergiu em meados da década de 1970 e, desde então, abre espaço para novas possibilidades de texturas musicais.
Os escultores sonoros exploram a criatividade a todo o tempo, do uso de materiais diversos à beleza do trabalho final. Zimoun trabalha com caixas de papelão, isopor, bolas de algodão, fios de solda e motores DC preparados, entre outros materiais. Sardo produz esculturas sonoras a partir de sucatas de plástico, madeira, papel e metal, que transmitem reações visuais, sociais e ambientais. Narcélio Grud cria objetos a partir de placas de sinais de trânsito, acoplados a instrumentos musicais. São as esculturas sonoras públicas, expostas nas ruas de Fortaleza. Os projetos de Bill Fontana exploram tecnologias híbridas de microfones acústicos a sensores submarinos. Abaixo, alguns exemplos:

“O pássaro”, de Fernando Sardo

<http://www.fernandosardo.com.br/portugues/>

“80 motores DC preparados, bolas de algodão, caixas de papelão 71×71×71cm”
Zimoun, 2011

<http://assets.thecreatorsproject.com/blog_article_images/images/000/021/483/zimoun_80_prepared_dc_motors_cotton_balls_cardboard_boxes_2_detail_em.jpg?1321364280>

Campesato e Iazzetta (2006) afirmam que a escultura sonora, diferentemente da música em geral, não possui relações fundamentais com o tempo. Afinal, nela são exploradas outras fontes de materiais como luz, cor, espaço arquitetônico e objeto. Por outro lado, o trabalho do espaço é fundamental nesta modalidade.
            O processo de criação de uma escultura sonora integra experimentação, na medida em que os escultores exploram materiais não-convencionais e sua distribuição no espaço, visualidade, performance e plasticidade; e pesquisa, já que os artistas buscam incessantemente por novos materiais, utilizando, inclusive, tecnologias eletrônicas e digitais. Tudo é feito em busca de novas sonoridades e expressividade plástica.


Referências:

SARDO, Fernando. Esculturas Sonoras. Disponível em: <http://www.fernandosardo.com.br/portugues/> Acesso em: 01 mai. 2012.

CAMPESATO, Lílian e IAZZETTA, Fernando. Som, espaço e tempo na arte sonora. XVI Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música (ANPPOM), Brasília, p. 775-780. 2006. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/iazzetta/papers/anppom_2006.pdf>. Acesso em: 01 mai. 2012.

HOLMES, Kelvin. A elegância elétrica das Esculturas Sonoras de Zimoun. The Creators Project. Disponível em: <http://thecreatorsproject.com/pt-br/blog/a-elegância-elétrica-das-esculturas-sonoras-de-zimoun>. Acesso em: 01 mai. 2012.

RUBENIA. Esculturas Sonoras públicas. Um conteúdo a mais. Disponível em: <http://www.umconteudoamais.com.br/index.php/design/esculturas-sonoras-publicas/>. Acesso em: 01 mai. 2012.

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