UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO
CARLOS
CURSO DE EDUCAÇÃO MUSICAL
Disciplina: Construção de
Instrumentos para Educação Musical
Aluna: Fernanda Jonas Dearo
Professor: Eduardo Nespoli
Tutor: Matheus Ferreira
Esculturas sonoras
Segundo Sardo
(2012), “Esculturas Sonoras são obras plásticas-musicais construídas
artesanalmente que proporcionam ao público a apreciação visual, aliada a
interação artística e lúdica, por meio de fontes sonoras timbrísticas e
melódicas.” Campesato e Iazzetta (2006) afirmam que esta modalidade artística emergiu
em meados da década de 1970 e, desde então, abre espaço para novas
possibilidades de texturas musicais.
Os escultores
sonoros exploram a criatividade a todo o tempo, do uso de materiais diversos à
beleza do trabalho final. Zimoun trabalha com caixas de papelão, isopor, bolas
de algodão, fios de solda e motores DC preparados, entre outros materiais. Sardo
produz esculturas sonoras a partir de sucatas de plástico, madeira, papel e
metal, que transmitem reações visuais, sociais e ambientais. Narcélio Grud cria
objetos a partir de placas de sinais de trânsito, acoplados a instrumentos
musicais. São as esculturas sonoras
públicas, expostas nas ruas de Fortaleza. Os projetos de Bill Fontana
exploram tecnologias híbridas de microfones acústicos a sensores submarinos.
Abaixo, alguns exemplos:
“O pássaro”, de
Fernando Sardo
<http://www.fernandosardo.com.br/portugues/>
“80 motores DC
preparados, bolas de algodão, caixas de papelão 71×71×71cm”
Zimoun, 2011
<http://assets.thecreatorsproject.com/blog_article_images/images/000/021/483/zimoun_80_prepared_dc_motors_cotton_balls_cardboard_boxes_2_detail_em.jpg?1321364280>
Campesato e
Iazzetta (2006) afirmam que a escultura sonora, diferentemente da música em
geral, não possui relações fundamentais com o tempo. Afinal, nela são
exploradas outras fontes de materiais como luz, cor, espaço arquitetônico e
objeto. Por outro lado, o trabalho do espaço é fundamental nesta modalidade.
O
processo de criação de uma escultura sonora integra experimentação, na medida
em que os escultores exploram materiais não-convencionais e sua distribuição no
espaço, visualidade, performance e plasticidade; e pesquisa, já que os artistas
buscam incessantemente por novos materiais, utilizando, inclusive, tecnologias
eletrônicas e digitais. Tudo é feito em busca de novas sonoridades e
expressividade plástica.
Referências:
SARDO, Fernando. Esculturas
Sonoras. Disponível em: <http://www.fernandosardo.com.br/portugues/> Acesso em: 01 mai. 2012.
CAMPESATO, Lílian e IAZZETTA, Fernando. Som, espaço e
tempo na arte sonora. XVI Congresso da
Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música (ANPPOM),
Brasília, p. 775-780. 2006. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/iazzetta/papers/anppom_2006.pdf>.
Acesso em: 01 mai. 2012.
HOLMES, Kelvin. A elegância elétrica das Esculturas Sonoras
de Zimoun. The Creators Project. Disponível
em: <http://thecreatorsproject.com/pt-br/blog/a-elegância-elétrica-das-esculturas-sonoras-de-zimoun>.
Acesso em: 01 mai. 2012.
RUBENIA. Esculturas Sonoras públicas. Um conteúdo a mais. Disponível em: <http://www.umconteudoamais.com.br/index.php/design/esculturas-sonoras-publicas/>.
Acesso em: 01 mai. 2012.
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