quarta-feira, 14 de março de 2012

IEAD AT.3.5 Tarefa: Elaboração de um texto/artigo

O futuro do Educador Musical no Brasil, mediante o uso das novas tecnologias

Segundo Kenski (2010), “educação e tecnologia são  indissociáveis”. O educador musical não pode se excluir deste fato. Este artigo procura demonstrar tecnologias disponíveis e como elas podem melhorar o trabalho do educador musical no Brasil, além de perspectivas para o futuro deste profissional.

Tecnologias na educação

Esta primeira parte ilustra exemplos de tecnologias acessíveis aos educadores, e como elas podem auxiliar nas aulas de música.
O registro musical através das mídias é muito útil para o educador. Através de CD’s, é possível mostrar aos alunos peças musicais elaboradas, timbres e estilos diversos sem dificuldades. O livro “Estorinhas para ouvir” (Parejo, Enny) acompanha um CD com  músicas instrumentais que ilustram as histórias. Um momento de apreciação é proposto, e o registro é feito através de desenhos. Em “Pra ganhar beijo” (Chan, Thelma), a autora disponibiliza um CD com playbacks das canções contidas no livro, que também estão escritas na forma de partitura.
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Vídeos também dinamizam as aulas. O DVD “Bebê mais – música”, indicado para crianças de 0 a 3 anos, mistura vídeos com músicas clássicas e folclóricas. Já “Toquinho no mundo da criança” utiliza animações para ilustrar as letras das canções compostas pelo autor.
A EaD é uma das possibilidades de ensino compatível com a música. Atualmente, as universidades ampliam seus cursos através desta modalidade. Segundo a professora Isamara Alves Carvalho (2011), a EaD é uma forma de ampliar o acesso ao curso de educação musical, motivada pela aprovação da lei  nº 11.769 que torna o ensino da música obrigatório no Brasil. Como exemplo, destaca-se a UAB (Universidade Aberta do Brasil) e seu convênio com a UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos) no curso de licenciatura em educação musical, que forma profissionais capacitados para atuar nesta área.
Além das universidades, a EAD é um recurso possível para professores de música interessados em ampliar o número de alunos. Diversos professores utilizam-se de tecnologias como redes sociais e e-mail para aumentar seus contatos, e de formas de comunicação interativa como o Youtube e o skype para oferecer videoaulas.
Segundo Gohn (2011), as tecnologias facilitam, e muito, o trabalho com música. Ele afirma que o registro de partituras tornou-se muito mais fácil e completo a partir do surgimento de softwares próprios para tal. Antes destes recursos, as partituras eram escritas manualmente, o que limitava as possibilidades de experimentação sobre a obra a ser escrita. Atualmente, softwares como o Encore, o Musescore e o Finale permitem que o autor ouça a peça musical e experimente diversos timbres nas linhas musicais escritas antes da sua execução. Portanto, o uso de instrumentos torna-se praticamente dispensável neste primeiro momento, o que agiliza e enriquece o trabalho do autor.
Apesar de ser considerado um recurso sofisticado, várias escolas já se utilizam da lousa digital nas salas de aula. Ela possui opções que ampliam a possibilidade de interação com os alunos. Através dela, é possível selecionar textos ou figuras, utilizar zoom para diminuir ou aumentar a resolução da tela e mudar cores de caneta. Isto faz com que o educador musical possa trabalhar com jogos interativos e imagens de instrumentos musicais.

Perspectivas para o futuro

A educação musical cresce no Brasil, e também o acesso à formação de profissionais da área. As novas tecnologias disponíveis para o professor de música ampliam o acesso a educação, dinamizam as aulas e oferecem novas possibilidades de interação entre os alunos. Porém, há certos empecilhos no que diz respeito ao uso da tecnologia na sala de aula. Segundo Kenski (2010), “será preciso, cada vez mais, ampliar ações e políticas efetivas que propiciem a inclusão digital a todos os cidadãos.” O Brasil caminha para esta ampliação. Segundo o IBGE, “em três anos, o percentual de brasileiros de dez anos ou mais de idade que acessaram ao menos uma vez a Internet pelo computador aumentou 75,3%, passando de 20,9% para 34,8% das pessoas nessa faixa etária, ou 56 milhões de usuários, em 2008”. Se esta expectativa se manter, o educador musical do futuro terá facilidade em utilizar diversas tecnologias no seu trabalho, oferecendo aulas mais divertidas, estimuladoras e interativas.

Referências

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias – o novo ritmo da informação. 7. ed. São Paulo: Papyrus, 2010. 146 p.
PAREJO, Enny. Estorinhas para ouvir – Aprendendo a escutar música. 1. ed. São Paulo: Irmãos Vitale: 2007. 60 p.
CHAN, Thelma. Pra ganhar beijo – almanaque de canções infantis. 1. ed. São Paulo: Irmãos Vitale: 2008. 60 p.
BEBÊ MAIS Música. Produção: Paramount Pictures. 35min. 2005.
GOHN, Daniel: entrevista [2011]. Entrevistador: Paulo Roberto Montanaro. São Carlos: SEAD-UFSCAR, 2011.
CARVALHO, Isamara Alves: entrevista [2011]. Entrevistador: Paulo Roberto Montanaro. São Carlos: SEAD-UFSCAR, 2011.
IBGE.  De 2005 para 2008, acesso à Internet aumenta 75,3%. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1517 >. Acesso em: 08 mar. 2012.
CHAN, Tiago. Altura: 500 pixels, Largura: 500 pixels. 96 dpi. 24 BIT DEPTH. 42.5 Kb. Formato JPEG image. Compactado. Disponível em: <http://i.s8.com.br/images/books/cover/img4/21550234_4.jpg>. 2008. Acesso em: 09 mar. 2012.

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